quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Deputado Carlão Pignatari e Bancada Tucana ouvem explanação do senador Aloysio Nunes

De acordo com senador, o Brasil vive uma profunda
crise política e econômica sob o comando do PT




O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) participou de encontro com os deputados estaduais paulistas que integram a Bancada Tucana, nesta segunda-feira, oportunidade em que falou sobre o delicado momento da crise política e econômica por que passa o País. O encontro aconteceu no gabinete da Liderança do PSDB na Assembleia Legislativa e foi coordenado pelo deputado Carlão Pignatari, líder da Bancada.
Para Aloysio, é necessária a convocação de novas eleições porque, além do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff ser “longo e torturante”, o vice Michel Temer (PMDB) não reúne condições políticas para assumir o cargo. “No caso de novas eleições, teria alguém com legitimidade política para enfrentar a crise. É a maneira mais efetiva”, opina.
Aloysio Nunes falou da oposição exercida pelo partido e de como o PSDB tem de encarar os próximos anos visando as eleições de 2016, e sobretudo, ao pleito de 2018, quando será escolhido o sucessor de Dilma no Palácio do Planalto.
“Na parte econômica, o governo está empenhado em resolver problemas que a própria presidente Dilma criou no primeiro mandato, com intervencionismos e populismo, demagogia que desorganizou setores inteiros da economia e escândalos que resultaram na revelação de crimes na Petrobras, fundos de pensão, Eletrobrás e BNDES. Hoje o País sente o reflexo desta redução da atividade econômica, com projeção de PIB negativo neste ano, contas públicas desarrumadas e desemprego aumentando. E isso junto a uma crise moral, consequência da forma como o PT se utilizou do aparelho do Estado para se perpetuar no poder. Ao mesmo tempo, há uma crise política, pois a presidente Dilma se vê às voltas com disputas internas em seu próprio partido, rivalidade crescente com a base aliada. E essa crise política dificulta acertar a economia”, destacou o senador.
Sobre o ajuste fiscal, Aloysio disse que “a presidente encarregou ao ministro Joaquim Levy (da Fazenda) a, basicamente, aumentar impostos, tributos, da taxa de juros e corte de direitos trabalhistas. Vai aprofundar a recessão que já temos. E ainda vai cortar investimentos, mas mantendo a máquina do governo. As famílias brasileiras estão endividadas e com medo de gastar, deprimindo ainda mais a economia”, analisou.
Sobre o ex-presidente Lula, disse que “há uma visão clara de que o momento atual do País, da forma como se conduz a política, teve origem no governo dele. A Dilma continuou. Quem começou esse processo de loteamento no governo, e o mensalão, foi o Lula. Essa linha política o afasta do perfil que o levou a vitória na eleição de 2002”.
Acrescentou que “temos que nos preparar para um combate constante e tenaz com o governo para minimizar os estragos, corrigir o que for possível no Congresso, e nos preparar para 2018 seja no aspecto programático seja no plano partidário, fortalecendo o PSDB em todos os municípios, reorganizando o partido nestes locais”.
Para Aloysio, “em São Paulo o PSDB é forte, mas em alguns Estados é preciso consolidar mais, formando diretórios fortes. As eleições municipais são parte importante nesse processo. Entendo que o PT terá dificuldade para fazer prefeitos no Estado. E nós do PSDB temos essa função de fiscalizar e corrigir o que precisa ser corrigido.”, disse.

Para o deputado Carlão Pignatari, a explanação do senador Aloysio Nunes foi muito esclarecedora e deu uma visão aos deputados estaduais do PSDB de como devem agir com relação a esses assuntos.

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