O deputado estadual Carlão Pignatari participou, neste sábado, dia 1º, de ato em defesa do Talhadão, no rio Turvo. Também esteve no local o bispo da Diocese de São José do Rio Preto, dom Paulo Mendes Peixoto, além de vários deputados federais e estaduais da região, vereadores e religiosos. A Assembleia Legislativa deverá retomar as discussões sobre projetos que declaram como áreas de proteção ambiental o Talhadão e Cachoeira de São Roberto.
O que houve no local, na verdade, foi um protesto contra a construção da hidrelétrica na cachoeira do Talhadão, que reuniu aproximadamente 200 pessoas, em Palestina. Lideranças religiosas e políticas da região se uniram à Associação de Defesa do Meio Ambiente, dos Rios Turvo e Preto e da Cachoeira do Talhadão (Amertp), para tentar impedir que a empresa Encalso leve adiante o projeto de construção de duas centrais elétricas de pequena carga e baixa produtividade no rio Turvo, conforme reportagem do jornal Diário da Região.
Os deputados federais Edinho Araújo (PMDB) e Vaz de Lima (PSDB) e os estaduais Carlão Pignatari (PSDB), Itamar Borges (PMDB), João Paulo Rillo (PT) e Sebastião Santos (PRB) engrossaram o protesto. Dom Paulo convocou padres e fiéis católicos para apoiar o movimento. O bispo cobrou ações concretas dos políticos para preservar a cachoeira. “Peço aos deputados estaduais que criem um frente parlamentar para estudar a viabilidade ecoturística da região, criando um polo de emprego. Não podemos simplesmente ser contra (a hidrelétrica), temos que viabilizar alternativas para o uso dessa área”, disse o religioso.
De acordo com a advogada Gisele Paschoeto, da Amertp, o objetivo do protesto e da organização do movimento é o tombamento da área da cachoeira do Talhadão e a transformação da área num parque nacional. “Com isso, nós conseguiremos obter recursos para reflorestar a área da cachoeira do Talhadão que já está destruída e preservar o que ainda existe”, disse. Por meio do site e www.salveoturvo.com.br a associação promove um abaixo-assinado digital. “Vamos pressionar os órgãos ambientais para que não licenciem as obras das centrais elétricas”, completou Gisele.
De acordo com a advogada Gisele Paschoeto, da Amertp, o objetivo do protesto e da organização do movimento é o tombamento da área da cachoeira do Talhadão e a transformação da área num parque nacional. “Com isso, nós conseguiremos obter recursos para reflorestar a área da cachoeira do Talhadão que já está destruída e preservar o que ainda existe”, disse. Por meio do site e www.salveoturvo.com.br a associação promove um abaixo-assinado digital. “Vamos pressionar os órgãos ambientais para que não licenciem as obras das centrais elétricas”, completou Gisele.
Gisele afirmou que o projeto da hidrelétrica prevê a construção de uma barragem de 366 metros largura por 16 metros de altura, o que praticamente secaria o tombo do Talhadão, como é conhecida a queda d’água. Para a bióloga Lilian Casatti, da Unesp de Rio Preto, a construção da hidrelétrica na cachoeira do Talhadão diminuirá o estoque pesqueiro do rio Turvo. “Os peixes usam as cachoeiras como ponto de referência para subida do rio. Eles tem que fazer esse esforço de subir a cachoeira para completar o ciclo de reprodução. Com o reservatório as áreas de crescimentos dos alevinos serão alagadas e os estoques pesqueiros vão diminuir”, explicou.
A especialista disse ainda que a construção do reservatório da hidrelétrica vai alagar uma grande área de vegetação. “Estamos numa região do Estado com menos de 4% de vegetação nativa. Então, qualquer vegetação que resistir nessa região tem enorme valor e deve ser preservada”, disse a bióloga.
Nenhum comentário:
Postar um comentário