O jornal “O Estado de S.Paulo” publicou reportagem na edição desta terça-feira (dia 20), afirmando que o “governo paga mais por remédio do Farmácia Popular do que municípios”. De acordo com o jornal, “o Ministério da Saúde paga por uma cartela de anticoncepcional vendida no Programa Aqui Tem Farmácia Popular até 163 vezes mais do que municípios desembolsam pelo mesmo produto, distribuído gratuitamente nos postos de saúde de todo o País.”
Para o deputado estadual Carlão Pignatari (PSDB), a situação do SUS (Sistema Único de Saúde) vai mal por causa disso. “O governo gasta muito mal, descontroladamente, e o atendimento direto à população conforme determina a Constituição, fica a desejar. As Santas Casas e hospitais filantrópicos estão à beira de um abismo sem fim, com dívidas e nenhuma perspectiva de solução”.
De acordo com a reportagem, “o governo federal criou o Programa Farmácia Popular do Brasil para ampliar o acesso aos medicamentos para as doenças mais comuns. O programa possui uma rede própria de farmácias populares e também uma parceria com farmácias e drogarias da rede privada, chamada de Aqui Tem Farmácia Popular. Criado há seis anos, o Aqui Tem Farmácia Popular prevê desconto de até 90% para o consumidor no preço de remédios e produtos listados pelo governo federal. Medicamentos para hipertensão, diabete e asma são distribuídos gratuitamente.”
Acrescenta a reportagem que “o dinheiro investido, no entanto, é considerado extremamente alto por quem acompanha a política de assistência farmacêutica."
“Se o governo federal não rever esse programa de gastos públicos com medicamentos, a situação só tende a piorar, porque também esse sistema poderá se tornar defasado e logo poderá faltar medicamentos. O atendimento pelo SUS já está péssimo, porque os hospitais não têm como arcar com todas as despesas, e as farmácias acabarão ficando sem os remédios”, conclui o deputado.
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