Diz um velho ditado que “a desgraça não acontece
somente na casa dos outros”. Ninguém deseja ou espera que algo de ruim possa
lhe acontecer, mas devemos ter em mente que nós também somos “os outros” para
nosso próximo. Portanto, se a desgraça não ocorrer na casa dele, ela pode
acontecer na nossa.
Estou dizendo isto para me referir a um dos grandes
males que assolam a humanidade, cujas maiores vítimas são as mulheres. Sim, são
elas pelo fato de serem o alvo direto do câncer de mama. Quando se constata um caso
positivo, o sofrimento é extensivo a toda família, porque todo mundo vive
aquela dor.
Caros amigos, o problema deve ser visto de um ângulo
real, por isso é que, de vez em quando, surgem campanhas de alerta para que
sejam feitas as prevenções. Neste mês, estamos vivendo o “Outubro Rosa”, que
nos leva a refletir sobre o câncer de mama.
Trata-se de um movimento internacional que divulga a
importância dos exames para diagnóstico precoce do câncer de mama. Este é o
segundo tipo de câncer mais comum entre as mulheres em todo o mundo. Em recente
estatística divulgada pelo INCA (Instituto Nacional do Câncer), o câncer de
mama responde por 22% dos casos novos de câncer a cada ano no Brasil.
A campanha Outubro Rosa vem, justamente, para
alertar a todas as mulheres que, com diagnóstico precoce e tratamento adequado,
as chances de cura são maiores. Fazer mamografia é fundamental para descobrir o
câncer no início. O bom senso recomenda que, depois dos 35 anos, se deve ter um
cuidado maior e fazer um exame clínico anual, principalmente se houver fatores
de risco.
Existem muitos exemplos que poderíamos citar, porém,
por uma questão de ética é melhor não apontar nomes, a não ser o caso da atriz
Angelina Jolie, uma celebridade internacional, que descobriu que poderia desenvolver câncer de mama como consequência
de uma predisposição genética hereditária. Ela encontrou sua própria solução,
optando pela mastectomia profilática bilateral, na qual é retirada toda a
glândula mamária, mas poupada a pele e mamilo, e colocada prótese bilateral.
De acordo com as estatísticas, aproximadamente 10 a
15% das mulheres que desenvolvem câncer de mama é em consequência de uma
predisposição genética hereditária. Isto quer dizer que elas herdaram, do pai
ou da mãe, um gene com mutação, e esta mutação aumentou o risco de elas
desenvolverem o câncer de mama.
Temos visto, principalmente neste mês, as
insistentes campanhas, com chamadas na TV, emissoras de rádio e até nos
jornais. Grupos responsáveis pela saúde pública e líderes feministas promovem
passeatas e eventos que levam, principalmente as mulheres, a pensar sobre o
assunto.
Em um passado não muito distante, a expectativa de
vida era baixa. Morria muita gente com cinquenta e poucos anos. Hoje a
realidade é outra. A medicina e a ciência evoluíram e, em consequência,
encontrou-se a cura para muitos males, entretanto o câncer ainda continua na
lista das doenças, que, depois de atingir um certo estágio, não têm cura. Mas,
o que nos conforta é que foram descobertos meios que podem amenizar essa dor e
até curá-la, como já citamos acima, desde que o diagnóstico seja precoce.
Quero, especificamente, me dirigir às mulheres neste
momento. Não deixe de fazer os exames necessários; não protele sua ida ao
médico; cuide-se enquanto é tempo. A vida é um dom que Deus nos deu e Ele
espera que saibamos cuidar dela, para que possamos evoluir como pessoa e ser
humano. Desejo a todas as mulheres que tenham muita saúde e vida longa. Um
grande abraço!
Carlão Pignatari - Deputado Estadual
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