Wilson Pollara confirmou pedido do deputado Carlão Pignatari de elevação
da Santa Casa de Votuporanga a Hospital Estruturante
O secretário estadual adjunto de Saúde, Wilson
Modesto Pollara, esteve em Votuporanga nesta sexta-feira (dia 24/10),
oportunidade em que fez uma ampla explanação sobre o novo modelo de gestão de
Saúde no Estado de São Paulo. Pollara foi recepcionado pelo deputado estadual
Carlão Pignatari, pelo prefeito Junior Marão, pelo provedor da Santa Casa de
Votuporanga, Valmir Dornelas, e diretores do hospital.
Durante o encontro, Pollara fez uma ampla explanação
do Programa Santas Casas Sustentáveis aos provedores e administradores de
santas casas das cidades de Votuporanga, Catanduva, Novo Horizonte, Monte
Aprazível, Jaci, São José do Rio Preto, Nhandeara, Fernandópolis, Jales, Santa
Fé do Sul e Cardoso. Os hospitais foram convidados pela diretora da DRS
(Diretoria Regional de Saúde), Cláudia Monteiro Ferraz Ferreira.
De acordo com o secretário adjunto, a partir de
janeiro deste ano, o governo do Estado disponibilizou mais recursos (R$ 535
milhões) para esses hospitais. Para definir os
novos valores, a Secretaria de Saúde classificou as santas casas em três tipos:
"hospitais estruturantes", que são aqueles de referência em
atendimentos complexos, como cirurgias cardiovasculares e torácica, hemodiálise
e neurocirurgias; "hospitais estratégicos", de médio porte, que
servem como retaguarda aos estruturantes, e os hospitais de apoio, que são os
de pequeno porte.
Para exemplificar, Pollara disse
que a Santa Casa de Votuporanga, por solicitação do deputado Carlão Pignatari,
passou a ser hospital estruturante. Para isso, deve haver uma sintonia com as
demais santas casas da região, como a de Fernandópolis, que passou a ser um
hospital estratégico de eletivos.
“Para que haja uma integração entre
os hospitais, tem que haver uma gestão compartilhada, com o mesmo sistema de
informações”, disse o secretário. De acordo com ele, os hospitais estruturantes
passaram a receber mais 70% sobre os atendimentos do SUS; os estratégicos, 40%
e os de apoio, 10%, mais R$ 300 por dia por leito SUS.
Postos de atendimento
O novo modelo obedece a 12
indicações de acompanhamento, focados em três vertentes: produção, financeiro e
de qualidade. Pollara recomendou que as prefeituras devem manter postos de
atendimento para casos leves e orientações aos pacientes. “As santas casas só
devem receber os casos de emergência, que se limitam em 5% dos casos. A pessoa
não pode decidir por si própria onde se dirigir; ela deve ser orientada para
evitar perda de tempo”.
Quanto aos hospitais que são os
únicos do município, o secretário destacou que estes receberão R$ 350 mil
mensais como forma de apoio e receberão o nome de essenciais. Por outro lado,
os hospitais estruturantes devem auxiliar no funcionamento dos essenciais,
inclusive com o corpo clínico em plantões de rodízio.
CCI
O secretário Wilson Pollara ainda
apresentou um modelo que começou a ser implantado em algumas cidades,
denominado de CCI - Programa de Cuidados Continuados e Integrados, que envolve
toda a equipe médica e familiares para a recuperação do paciente, alguns até em
estado crônico.
“O CCI tem um custo cinco vezes
menor, é mais eficiente e é o caminho ideal que temos para trabalhar. Da forma
que está não há dinheiro que chegue”, alertou.
O deputado Carlão Pignatari elogiou a equipe da
Secretaria da Saúde, dizendo que agora “temos uma esperança de poder ajudar a
resolver o problema da saúde. O governo do Estado criou um programa novo,
aumentou os recursos e está, de fato, melhorando o atendimento”.
Para o prefeito Junior Marão, trata-se de um
programa bem vindo, pois “o governo federal não faz o seu papel, mas em São
Paulo o governo do Estado tem dado toda sustentação”. O provedor Valmir
Dornelas aplaudiu a iniciativa e colocou a Santa Casa de Votuporanga à
disposição. Após o encontro, o secretário Wilson Pollara visitou as dependências
da Santa Casa e do AME (Ambulatório Médico de Especialidades).
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