Coordenador da Frente Parlamentar
Ambientalista na Assembleia Legislativa, Carlão lembra a responsabilidade que
todos têm para com o meio ambiente
O deputado estadual Carlão Pignatari, líder da
Bancada do PSDB e coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista na Assembleia
Legislativa de São Paulo, comenta que o mundo está prestes a dar um importante
passo para assumir, de vez, a responsabilidade de melhorar e preservar o meio
ambiente.
O lembrete do deputado se faz devido à proximidade da
21ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do
Clima (COP 21), que acontecerá entre 30 de novembro e 11 de dezembro, em Paris,
na França. De acordo com ele, a perspectiva é de assinatura do maior acordo
climático do mundo.
O Protocolo de Paris vem para substituir o
Protocolo de Kyoto, em vigor desde fevereiro de 2005. Entretanto, ao contrário
do acordo anterior, que tinha apenas metas específicas para um grupo de menos
de 40 países desenvolvidos, o novo documento será um acordo global que
envolverá mais de 190 países que fazem parte da Convenção do Clima da
Organização das Nações Unidas (ONU).
O novo acordo será uma espécie de guia de desenvolvimento
para o futuro. Por mais que se trate o protocolo como uma discussão ambiental,
ele é, na verdade, uma discussão de desenvolvimento, já que vai estabelecer
parâmetros para os países signatários seguirem durante as próximas décadas, até
2050, pelo menos. O objetivo é estabilizar as emissões de gases de efeito
estufa (GEE), para que, ao final do século, não ultrapasse aquecimento superior
a 2 graus Celsius (°C) em relação ao que havia no período pré-industrial.
A temperatura da Terra já subiu cerca de 0,8% desde
a revolução industrial até hoje, o que significa cerca de 1,2 graus. Acima
disso, as consequências poderiam ser desastrosas para a humanidade.
Carlão ainda lembra da Política
Estadual de Mudanças Climáticas de São Paulo – PEMC, que foi criada com o
objetivo de enfrentar os desafios das mudanças climáticas globais e garantir o
desenvolvimento sustentável e ainda estabelece metas para mitigação das
emissões dos gases do efeito estufa no território paulista.
De acordo com o deputado,
a lei prevê a redução de 20% das emissões de gás carbônico até 2020, com base
nas emissões de 2005, valor equivalente a 24 bilhões de toneladas de CO2, meta
real negociada entre diversos setores.
A PEMC incentiva ainda o
desenvolvimento de transporte sustentável, como a construção de ciclovias,
inspeção veicular e medidas para distribuir melhor o tráfego por rodovias.
Outra importante área é a
de produção e consumo sustentáveis. Está previsto que São Paulo buscará
produzir mais emitindo menos carbono, além de mostrar ao consumidor o poder das
escolhas conscientes. Além disso, a lei estabelece a criação do Conselho
Estadual de Mudanças Climáticas, responsável pela fiscalização da execução da
política.
Para Carlão, o Brasil deveria investir mais em
fontes limpas de energia, com as fontes renováveis, como solar e eólica (dos
ventos). A meta é promover a participação
de fontes de energia renováveis entre 28% e 33% na matriz energética e chegar a
2030 com 20% de recursos renováveis, além de recursos hidrelétricos.
Nesta quarta-feira (dia 12/08), haverá uma reunião
da Frente Parlamentar Ambientalista na Assembleia Legislativa, para definir
alguns tópicos que serão discutidos no encontro entre a Frente Parlamentar
Ambientalista da Câmara Federal, Frente Parlamentar Ambientalista de São Paulo,
as comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CMADS) e de
Legislação Participativa (CLP) do Congresso Nacional e a Fundação SOS Mata
Atlântica.
Esse encontro, em São Paulo, que terá como tema
“Florestas e Clima: rumo a COP 21 em Paris”, será um evento preparatório da
Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas
- COP 21.
“Precisamos assumir nossas responsabilidades com o
meio ambiente para deixarmos para nossos filhos e descendentes um mundo melhor
para se viver”, conclui o deputado Carlão Pignatari.
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