Nunca, em toda a sua história, o Brasil esteve tão
em baixa como agora. É uma crise sem precedentes, e o pior é que não se vislumbra
uma luz no final do túnel. O governo do PT patina e não sai do lugar. As
possíveis soluções são lançadas ao vento, como as redes em locais que não têm
peixe. Aí, aguarda-se o resultado, dependendo da repercussão da proposta. Até
agora, todas as apresentadas foram como um tiro n’água, de forma inócua. Isso,
sem falar na atitude irresponsável do governo federal de mandar para o
Congresso Nacional a proposta de orçamento para 2016 com um déficit de R$ 30,5
bilhões.
Ora, as propostas têm que ter consistências, com o
controle de gastos e administração correta dos bens públicos. Quando o tucano FHC
foi presidente do Brasil, o PT lutou com unhas e dentes para evitar a
privatização de estatais, empresas que viviam no vermelho e que ofereciam
serviço de péssima qualidade ao contribuinte. Quem não se lembra, por exemplo,
da empresa de telefonia. Para se conseguir uma linha telefônica era preciso
pernoitar em filas e pagar ágio e o serviço era ruim. Ainda não está uma
maravilha, mas melhorou muito depois da privatização.
O jornal O Globo trouxe reportagem, dias atrás,
sobre as empresas estatais dependentes do Tesouro Nacional, 18 ao todo, as
quais estão mais inchadas e mais deficitárias. Em 2009, essas empresas tiveram um
prejuízo de R$ 179 milhões. Em 2013, a cifra negativa saltou para R$ 1,8
bilhão.
Quanto ao inchaço, a reportagem mostra que em 2009,
as 18 estatais tinham 36.488 funcionários. Em 2013, já eram 47.433 pessoas. Observando-se
com mais atenção, nota-se que o número de funcionários cresceu 30%, mas a folha
de pagamento cresceu 108%. Em 2009, foram gastos R$ 3,5 bilhões com os salários
dos funcionários. Em 2014, foram R$ 7,3 bilhões. E mais ainda: em 2014, o brasileiro
pôs R$ 15 bilhões nas 18 estatais, mas apenas 28% foram destinados a
investimentos.
Um exemplo do dinheiro mal gasto é a criação da Empresa
de Planejamento Logístico, fundada em 2002 para planejar a construção do
trem-bala, que até hoje não saiu do papel e não se sabe se algum dia sairá. São
161 funcionários que nada fazem, não têm o que fazer. Ou seja, todo mundo manda
e quem puder tirar uma casquinha vai levando de barriga. O PT é contra a
privatização e com razão, porque senão não teria como acomodar tantos
apaniguados, tanta gente sem fazer nada e recebendo muito. Por isso, não quer
largar o osso.
E
o pior disso tudo é ver a Petrobrás, que já foi considerada
uma das melhores empresas do ramo de petróleo do mundo, envolvida no maior
escândalo de corrupção da história nacional,
com desvios de bilhões de reais. A revista
Veja traz reportagem, na edição desta semana, em que o médico nordestino Pedro
Corrêa se destacou, durante quase quatro décadas, como um dos parlamentares
mais influentes em negociações de bastidores.
Ele
está preso na Operação Lava-Jato, mas já adiantou que vai jogar “caca” no
ventilador. Disse “que Lula e a presidente Dilma Rousseff não apenas sabiam da
existência do petrolão como agiram pessoalmente para mantê-lo em funcionamento.
O topo da cadeia de comando, portanto, estaria um degrau acima da Casa Civil,
considerada até agora, nas declarações dos procuradores, o cume da organização
criminosa”. Acrescenta a reportagem que “a criação coletiva, que desfalcou pelo
menos R$ 19 bilhões dos cofres da Petrobras, continuou a brilhar no mandato de
Dilma Rousseff - e com a anuência dela, de acordo com o ex-presidente do PP”.
É muita cara de pau desse povo ainda querer ajuda
dos partidos da oposição para salvar o Brasil. Eles precisam assumir o erro,
admitir a incompetência e sair. Acredito muito na Justiça brasileira e espero
que, no governo ou fora dele, essa quadrilha vai pagar e amargar vários anos de
cadeia. O povo brasileiro merece viver em bem-estar, com qualidade de vida.
Basta de rapinagem.
Carlão Pignatari – Deputado estadual, líder da
Bancada do PSDB na Assembleia Legislativa de São Paulo e coordenador da Frente
Parlamentar Ambientalista
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