Instituto Butantan vai liderar última fase dos
testes; serão vacinados 17 mil voluntários em 13 cidades brasileiras
O deputado
estadual Carlão Pignatari, líder da Bancada do PSDB na Assembleia Legislativa,
está comemorando a grande conquista de São Paulo. O Estado
entra na reta
final para produzir a primeira vacina brasileira contra a dengue. O governador
Geraldo Alckmin, anunciou, nesta sexta-feira (11), no Palácio dos Bandeirantes,
que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e a Conep (Comissão
Nacional de Ética em Pesquisa) autorizaram o pedido do Governo do Estado para o
início da terceira fase de testes.
"Já foram feitas as fases 1 e 2, e essa
autorização é para a fase 3, que é a última. Estamos com uma grande
possibilidade de ter uma vacina com uma dose única contra os quatro tipos de
vírus. É um grande passo para ajudar o país e a ciência", declarou o
governador.
Os estudos clínicos envolverão 17 mil voluntários
em 13 cidades nas cinco regiões brasileiras. A perspectiva é vacinar o número
total de participantes em até um ano. Os resultados da pesquisa dependem de
como será a circulação do vírus, mas o governo do Estado e o Butantan avaliam
ser possível ter a vacina disponível até 2017.
Poderão participar do estudo pessoas que estejam
saudáveis, que já tiveram ou não dengue em algum momento da vida e que se
enquadrem em três faixas-etárias: 2 a 6 anos, 7 a 17 anos e 18 a 59 anos.
Os voluntários serão acompanhados pela equipe
médica responsável pelo estudo durante o período de cinco anos e é importante
que residam na região do serviço de saúde da pesquisa para facilitar o
acompanhamento.
A vacina do Butantan tem potencial para proteger
contra os quatro vírus da dengue com uma única dose e é produzida com os vírus
vivos, mas geneticamente atenuados, isto é, enfraquecidos. O objetivo é que a
vacina gere forte resposta imunológica, mas que não tenha capacidade de
provocar dengue.
“É uma grande vitória do Estado de São Paulo, que
vem se empenhando para produzir a vacina contra a dengue. O processo só atrasou
porque a Anvisa demorou para conceder este aval que saiu nesta sexta-feira. Mas
é um grande passo para evitar que a doença prolifere. Além disso, é importante
que a população continue colaborando, eliminando os criadouros do Aedes
aegypti”, concluiu o deputado Carlão Pignatari.
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