O
Brasil atravessa uma de suas mais graves crises. Politicamente, a coisa não vai
bem. Escândalos de corrupção, como o da Petrobras, a maior vergonha que os
brasileiros já tiveram notícia, com repercussão negativa no mundo todo e risco
de evasão de investimentos por parte de grandes empresas estrangeiras.
Agora,
novos casos começam a surgir, com os possíveis desvios de recursos no programa
Minha Casa Minha Vida (R$ 200 milhões); também na Receita Federal – pasme! R$
19 bilhões, que, de alguma forma, foram canalizados para outros fins.
Para completar, vem a notícia da última sexta-feira,
dia 27, de que a economia brasileira cresceu apenas 0,1% em 2014, em relação ao
ano anterior, conforme divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE).
Os números indicam que a taxa de investimento no
ano de 2014 foi de 19,7% do PIB, abaixo do observado em 2013 (20,5%). A taxa de
poupança foi de 15,8% em 2014, ante 17,0% em 2013. Em suma, em 2014, o governo gastou muito,
perdeu receitas importantes e levou o país a um déficit público recorde.
E as más notícias não param: restrição de crédito no
mercado, aumento do desemprego, inadimplência, falta de contratação de obras,
queda dos negócios, o não pagamento de fornecedores, envolvimento de
grandes construtoras na Operação Lava Jato, e ainda a escassez de energia e
água (vai acabar mesmo, pode acreditar). Não quero ser taxado de pessimista,
mas a somatória de tudo isso nos leva a crer que 2015 será um ano de muitas
dificuldades. Aliás, vislumbra-se que atravessaremos quatro anos em marcha bem
lenta.
O
fraco resultado de apenas 0,1% é fruto dos juros altos, que esfriam a economia,
e da falta de um projeto de desenvolvimento industrial consistente e de longo
prazo. A queda vertiginosa do PIB é resultado de uma política econômica
equivocada, que só beneficia o setor financeiro e os especuladores,
prejudicando a produção e a geração de empregos.
O
governo precisa dar uma reviravolta, fazer muitas mudanças e uma limpeza no que
é nocivo para o bom andamento do País, rever uma agenda focada no
desenvolvimento, no incentivo à produção, na geração de emprego e na
distribuição de renda. Vamos torcer para que Deus nos ajude e possamos retomar
o trilho do desenvolvimento.
Carlão Pignatari
Deputado Estadual – líder da Bancada do PSDB na
Assembleia Legislativa
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